O Cerrado é o segundo maior bioma do Brasil e uma das savanas mais ricas em biodiversidade do mundo. Ocupa cerca de 2 milhões de km², cobrindo aproximadamente 23% do território brasileiro, abrangendo principalmente os estados de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí e partes do Distrito Federal.
Caracterizado por uma vegetação variada que vai desde campos abertos até áreas com árvores e arbustos, o Cerrado apresenta uma grande diversidade de plantas, muitas das quais são adaptadas a condições de clima sazonal, com um período de seca prolongado e chuvas concentradas em alguns meses do ano. A vegetação do Cerrado é resistente ao fogo, que é um fenômeno natural nesse bioma, ajudando na regeneração e manutenção da biodiversidade.
Em termos de fauna, o Cerrado é o lar de uma vasta gama de espécies, incluindo mamíferos, aves, répteis, anfíbios e insetos, muitas delas endêmicas, ou seja, que só existem nesse bioma. Entre as espécies emblemáticas estão o lobo-guará, o tamanduá-bandeira e o tatu-canastra.
Preservação do Cerrado para o Equilíbrio do Bioma
O Cerrado, conhecido como a “caixa d’água do Brasil”, desempenha um papel vital na manutenção do equilíbrio ambiental no país. Este bioma é um dos mais biodiversos do mundo, abrigando milhares de espécies de plantas, animais e micro-organismos, muitos dos quais são endêmicos, ou seja, não existem em nenhum outro lugar do planeta.
A preservação do Cerrado é essencial não apenas para a conservação da biodiversidade, mas também para a manutenção dos recursos hídricos do Brasil. As nascentes de importantes bacias hidrográficas, como as do São Francisco, do Tocantins e do Paraná, estão localizadas neste bioma. Assim, a proteção dessas áreas é crucial para garantir a disponibilidade de água em grande parte do território nacional.
Além disso, o Cerrado possui uma grande capacidade de sequestro de carbono, o que contribui para a mitigação das mudanças climáticas. A vegetação nativa do Cerrado atua como um “sumidouro” de carbono, absorvendo e armazenando CO₂ da atmosfera, ajudando a reduzir o efeito estufa.
É importante destacar que a preservação do Cerrado pode coexistir com a atividade agropecuária e a agricultura, setores fundamentais para a economia brasileira. Práticas sustentáveis, como a integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF) e a agricultura de baixo carbono (ABC), têm se mostrado eficazes na conciliação entre produção e conservação. Essas práticas não apenas aumentam a produtividade das terras, mas também protegem o solo, a água e a biodiversidade.
Dessa forma, a preservação do Cerrado é um compromisso com o futuro, garantindo a manutenção dos serviços ecossistêmicos essenciais para a vida e para a produção agrícola.
Por Madu Rodrigues