Nascido no Rio de Janeiro em 23 de março de 1979, Marcelo Loureiro passou a primeira infância na cidade natal e aos 11 anos de idade mudou-se com a família para Guia Lopes da Laguna, em Mato Grosso do Sul, cidade próxima da fronteira com o Paraguai, onde os diversos ritmos da região começaram a influenciar na construção do seu estilo, reforçando o gosto pela música latina.
Por influência do seu avô materno, começou a tocar violão aos 12 anos de idade como autodidata. Aos 13 anos deu início aos seus estudos de violão com o professor Djalma Alves Corrêa, que percebeu seu talento ao se diferenciar dos outros alunos no estilo e tirando as músicas de ouvido.
Em 1996, mudou-se para Campo Grande para estudar e começou a se aperfeiçoar na técnica do violão. Teve aulas de teoria musical com o professor José Maciel, solista da orquestra de violões de Campo Grande.
Em 1997 foi assíduo às aulas de violão clássico, popular, erudito e flamenco com o professor Cristiano Kotlinski, participou de um workshop no Rio de Janeiro com o professor do conservatório de música do estado do Rio de Janeiro, Wagner Meireles.
Participou, no ano seguinte, de um Workshop de técnica violonística flamenca com o músico e professor Fernando de La Rua e também do VI Seminário de violão do conservatório musical Souza Lima, sob coordenação de Henrique Pinto – Master Class com Henrique Pinto, Everton Gloeder, Roberto Capocchi e Luiz Cláudio Ferreira.
Fez uma apresentação no maior festival de chamamé, o Festival Del Chamamé em Corrientes, na Argentina. O ano de 1998 marcou a sua vida, foi quando descobriu um câncer e começou o tratamento, que duraria dois anos. Apesar de diminuir o comparecimento a acontecimentos musicais, não parou de tocar, pois a música funcionava como uma terapia para ajudar a superar o grave problema de saúde. Procurou adequar os seus compromissos com as sessões de quimioterapia. Assim, em 1999, tocou com a violeira Helena Meireles na comemoração dos cinco anos da TVE de Mato Grosso do Sul, participou do show regional na 39ª Feira dos Estados em Brasília – DF, do circuito cultural Banco do Brasil e do projeto Temporadas Populares, do governo do Estado de Mato Grosso do Sul.
No ano de 2000, apesar de ainda estar em tratamento contra o câncer, participou do álbum “Pantanal 2000” com a música Mercedita, do I Encuentro Internacional Zicosur Musical, na cidade de Antofogasta – Chile, do Projeto Balaio Brasil do SESC – São Paulo e do quadro “Me leva Brasil” do Fantástico, da Rede Globo.
Em 2001, foi convidado para participar de uma homenagem ao escritor Benedito Rui Barbosa e para representar o Mato Grosso do Sul na premiação do melhor do turismo brasileiro no evento “Catavento de Prata” que se realizou na Costa do Sauípe – BA. Ainda nesse ano, participou também do Encontro Anual da Rede Cultural do Mercosul e tocou com Renato Borghetti na festa junina de Dourados – MS.
Representou o Brasil no “Projeto Pantanal – Um outro Brasil” realizado no ano de 2003 pela embaixada brasileira em Paris, realizado pelo Governo do Estado do MS. No mesmo ano, esteve em Turim, na Itália, num intercâmbio Cultural.
No ano seguinte lançou seu primeiro CD “Alma Platina” e tocou ainda com Yamandú Costa no Festival da América do Sul em Corumbá – MS. Participou, a convite do diretor Jaime Monjardim, do primeiro capítulo da novela América da Rede Globo de Televisão, bem como do Programa do Jô, que foi ao ar no dia 09 de agosto de 2005.
No ano de 2006, foi convidado a se apresentar da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa e do Projeto Pixinguinha, com apresentações em algumas das capitais do país.
Autodidata, durante sua trajetória se dedicou a estudar outros instrumentos. Adaptou a técnica utilizada no violão para a viola caipira e a arpa paraguaya, que atualmente fazem parte de seus shows.
Em 2012 participou do concurso nacional Voa Viola, patrocinado pela Caixa Econômica Federal, foi classificado entre os 12 melhores violeiros do Brasil e ganhou o prêmio na categoria instrumental.
Foi convidado a se apresentar na sede da ONU – Organização das Nações Unidas – em Nova Iorque na abertura do evento “Mato Grosso do Sul visto pelo mundo”, uma exposição realizada pelo Governo do Estado de Mato Grosso do Sul. O evento aconteceu em 19 de março de 2014 e reunir diversas autoridades mundiais.
No mês de abril de 2014, fez uma apresentação na abertura da 8ª Conferência Internacional de Ecoturismo e Turismo Sustentável – ESTC14, realizado pela primeira vez no Brasil, na cidade de Bonito/MS.
Em 2015 produziu o show “Saudações Pantaneiras”, no qual participa em parceria com o músico e compositor Geraldo Espindola. O show é uma coletânea de clássicos regionais e sul-americanos, compostos por músicas de autoria do próprio Geraldo Espíndola, Almir Sater, Paulo Simões, Geraldo Roca, Grupo Acaba e outros compositores nacionais e internacionais como Renato Teixeira, Ramón Sixto Ríos, Daniel Alomia Robles, Fernando Bustamante e Carlos Gardel. As músicas foram arranjadas e produzidas por Marcelo Loureiro.
A convite da Fundação de Turismo de Mato Grosso do Sul, participou dos Jogos Olímpicos Rio 2016 representando e divulgando o estado de Mato Grosso do Sul em dois momentos, no evento do Ministério do Turismo, na Casa Brasil, e para a imprensa mundial, no Rio Media Center.
Em 2017 executou o Workshop musical Marcelo Loureiro Cordas e Contos, aprovado pelo Fundo de Investimentos a Cultura pela Fundação de Cultura do estado de Mato Grosso do Sul. O projeto, que teve como objetivo incentivar, apurar e resgatar a cultura musical de nosso estado, passou por 8 cidades do estado e atendeu gratuitamente mais de 1.500 crianças e adolescentes dos projetos de música mantidos pelos municípios em questão. O projeto pretende passar por outros municípios do estado futuramente.
Representou o estado do Mato Grosso do Sul no maior evento mundial de turismo de aventura, o Adventure Travel World Summit in 2017, realizado em outubro de 2017 na cidade de Salta, Argentina. Em 2023 teve a história de sua trajetória musical contada no documentário “A Alma da nossa Música”, o 1º episódio de uma séria que relatará a música regional em nosso estado.
Em 2023, o artista teve sua história contada no vídeo documentário “A alma da Nossa Música – Marcelo Loureiro”, dirigido por Ana Carla Loureiro, que estreou no Cine UCI, em Campo Grande. Em 2024, integrou o circuito de 34 festivais da 26ª edição do Sonora Brasil, promovido pelo Sesc, onde ao lado de Geraldo Espindola apresentou o show “Saudações Pantaneiras” por diversas cidades do norte e nordeste do país.